Maias
A civilização maia estendeu-se por toda a península de Iucatã e partes de Honduras, El Salvador, Belize e Guatemala.
No início, seu chefe político era também religioso. Era assessorado por um conselho.
Cultivavam, principalmente, milho, batata e cacau. O cultivo era feito nas áreas mais pantanosas, em virtude da disponibilidade de água. Apesar disso, construíam canais de irrigação, drenavam água e faziam terraços. As casas eram, geralmente, de madeira ou adobe com um teto de palha. Raras exceções vinham de casas construídas com pedras de calcário.
Os maias queimavam o solo, a fim de limpar a terra para a agricultura. Entretanto, tal prática desgastava o solo o que fazia as cidades ficarem em rota de colisão por uma futura insuficiência agrícola. Sementes de cacau eram usadas como moedas de troca. Havia rotas comerciais terrestres, fluviais e marítimas. Comercializavam jade, plumas, tecidos, cerâmicas, mel e cacau. Ademais, existiam indústrias de armas, objetos de trabalho, sal e tecido.
Eram adeptos a dois tipos de calendário. Um deles era o utilizado no cotidiano que dividia os anos em 365 dias e o outro era para fins religiosos com anos de 260 dias.
Na matemática dá-se importância ao desenvolvimento do zero e dos cálculos que podiam alcançar até centenas de milhões. A medicina fundia ciência com religião através de curas que iam desde ervas medicinais até fórmulas mágicas.
Chichén Itzá, relevante cidade maia, se localizava em uma região com certa aridez, sendo necessário instalação dos cenotes. Cenotes são poços de água com funções também religiosas. Grandes cidades como Seibal, Nohmul, Calakmul e Tikal cresceram atraindo pessoas das cidades vizinhas, por meio de maiores perspectivas de trabalho, comida e proteção, oferecidos pelas elites emergentes. Elites essas que empregavam essa mão de obra excedente na construção de grandes obras públicas.
Os maias, assim como outras civilizações mais distantes como a egípcia, não dissociavam ciência de religião, nem mundo natural do espiritual. Os dois estavam intrinsecamente ligados. Assim, cultuavam a natureza e ofereciam sacrifícios, a fim de conectarem-se ao mundo espiritual. Até o reflexo na água era considerado uma representação do mundo espiritual. Isso pode explicar a construção de muitos reservatórios nos centros das cidades maias.
A elite era a parcela da sociedade que podia estabelecer contato com o mundo inteligível maia. Para tanto, utilizavam de plantas, substâncias e bebidas. A exemplo tem-se o tabaco selvagem, o balche (bebida feita de mel, cascas de árvores e vários tipos de cogumelos como o xibalbaj okox), e até secreções do sapo venenoso Bufo marinus. Os maias ainda diziam que havia 13 níveis para o céu e 9 na direção descendente do além-mundo. Cada nível com sua própria divindade.
A decadência começou no início do século IX d.C., com as cidades superlotadas, carências de alimentos e interferências estrangeiras. Isso pode ter ocorrido pelo solo já saturado e por conflitos entre as cidades-estados.
Em 1526, Francisco de Montejo inicia o processo de colonização de Iucatã em um processo que perdurou até 1546. Após 20 anos, os espanhóis acabaram com dois milênios de civilização maia. Hernán Cortés também participara das expedições contra os maias.
Contudo, como ocorreu com outras civilizações, os maias cristianizados mantiveram a essência de sua filosofia pré-colombiana. A exemplo, tem-se o carnaval nas terras altas de Chamula, onde ocorre o episódio da paixão de Cristo muito mais indianizado que de costume.
Astecas
Surgem no período Pós-Clássico ( 900-1000 d.C.), com a migração de índios vindos, provavelmente, dos Estados Unidos que se mesclaram com os povos Toltecas.
Tenochtitlán ( principal cidade Asteca) começou como um pequeno vilarejo que estabeleceu aos poucos relações comerciais com cidades próximas, como Culhuacan e Azcapotzalco ( cidade do povo Tepaneca). O empecilho residia no fato dos Astecas terem que pagar tributos aos povos tepanecas, mas em contrapartida fortaleciam um sistema de aliança, através de casamentos, por guerras que se sucederiam. Entretanto, a lealdade asteca perante ataques contra a principal cidade-estado tepaneca pela cidade de Texcoco, fez com que os tepanecas ascendessem os astecas como parceiros iguais.
Com a morte do imperador Tezozomoc (tepaneca), assumiu seu filho Maxtla. Movido por sua insegurança e despreparo, Maxtla não conseguiu impedir diversos conflitos e acirramentos entre os impérios astecas e tepanecas. Assim, os astecas declaram guerra e juntam suas forças com Nezahualcoyotl. Nezahualcoyoutl conseguiu apoio de duas cidades-estados, Tlácopan e Tacuba que ajudarão a dominar a capital tepaneca. Os astecas também empreenderam guerras com os povos mixtecas que bloqueavam o caminho até as ricas terras do vale Oaxaca.
O imperador, assim como no Império maia era assessorado por um Conselho.
Havia certa mobilidade social na sociedade asteca. A nobreza, que compunha 10% da população, conquistava seu título mais por próprio mérito do que por hereditariedade. Ninguém nascia escravo. A escravidão só ocorria como pagamento de dívidas e prisioneiros de guerra. Era até possível que um escravo se casasse com a mulher de seu dono, caso este falecesse. A escravidão totalmente desumanizada como pode-se ver na América Portuguesa foi algo novo que diferirá das escravidões gregas, romanas, astecas, africanas etc.
Os filhos dos nobres estudavam em escolas exclusivas, onde aprendiam sobre os deuses, a vida cerimonial e as artes da guerra. As crianças de famílias mais humildes estudavam em escolas comuns, aprendendo sobre danças, cânticos para os rituais, construções e luta.
A classe de mercadores denominava-se pochteca e estava responsável por externalizar o comércio imperial e ainda servir como espiões. Trocavam ouro, obsidiana e cristal por itens exóticos como peles de jaguar, conchas, plumas e cacau.
A poligamia não era proibida, mas o homem deveria ser capaz de sustentar todas as suas mulheres. O adultério era motivo de apedrejamento e estrangulamento, embora o divórcio fosse permitido.
Não havia cavalos ou gado até a chegada dos espanhóis, portanto toda a atividade agrícola era manual. Cultivavam milho, mandioca, cacau, algodão, fumo e outras culturas. Possuíam um sistema de irrigação avançado com aquedutos e canais por onde transitavam barcos. A dieta era composta, basicamente, tomates, pimentas, coelhos, cervos e perus. Bebidas do chocolate eram usufruídas pelas classes mais altas.
Tinham os 2 calendários como os maias e faziam diversos sacrifícios, a fim de acalmar os deuses. Inclusive, as invasões astecas tinham como objetivos a cobrança de impostos e captura de prisioneiros para sacrifícios.
Assim como nas outras civilizações, os astecas mantiveram pedaços de sua cultura vivos. Um exemplo, é o Dia de todos os santos, no qual percebe-se a íntima relação dos mexicanos com a morte por assim dizer. Além disso, há o culto da Virgem Maria de Guadalupe, em Tepeyac. Esta área era originalmente sagrada à deusa asteca Tonantzin. Entretanto, as preces são endereçadas a Nossa Senhora. Alguns acreditam que a deusa tenha se transformado na Virgem Santíssima.
O imperador, assim como no Império maia era assessorado por um Conselho.
Havia certa mobilidade social na sociedade asteca. A nobreza, que compunha 10% da população, conquistava seu título mais por próprio mérito do que por hereditariedade. Ninguém nascia escravo. A escravidão só ocorria como pagamento de dívidas e prisioneiros de guerra. Era até possível que um escravo se casasse com a mulher de seu dono, caso este falecesse. A escravidão totalmente desumanizada como pode-se ver na América Portuguesa foi algo novo que diferirá das escravidões gregas, romanas, astecas, africanas etc.
Os filhos dos nobres estudavam em escolas exclusivas, onde aprendiam sobre os deuses, a vida cerimonial e as artes da guerra. As crianças de famílias mais humildes estudavam em escolas comuns, aprendendo sobre danças, cânticos para os rituais, construções e luta.
A classe de mercadores denominava-se pochteca e estava responsável por externalizar o comércio imperial e ainda servir como espiões. Trocavam ouro, obsidiana e cristal por itens exóticos como peles de jaguar, conchas, plumas e cacau.
A poligamia não era proibida, mas o homem deveria ser capaz de sustentar todas as suas mulheres. O adultério era motivo de apedrejamento e estrangulamento, embora o divórcio fosse permitido.
Não havia cavalos ou gado até a chegada dos espanhóis, portanto toda a atividade agrícola era manual. Cultivavam milho, mandioca, cacau, algodão, fumo e outras culturas. Possuíam um sistema de irrigação avançado com aquedutos e canais por onde transitavam barcos. A dieta era composta, basicamente, tomates, pimentas, coelhos, cervos e perus. Bebidas do chocolate eram usufruídas pelas classes mais altas.
Tinham os 2 calendários como os maias e faziam diversos sacrifícios, a fim de acalmar os deuses. Inclusive, as invasões astecas tinham como objetivos a cobrança de impostos e captura de prisioneiros para sacrifícios.
Assim como nas outras civilizações, os astecas mantiveram pedaços de sua cultura vivos. Um exemplo, é o Dia de todos os santos, no qual percebe-se a íntima relação dos mexicanos com a morte por assim dizer. Além disso, há o culto da Virgem Maria de Guadalupe, em Tepeyac. Esta área era originalmente sagrada à deusa asteca Tonantzin. Entretanto, as preces são endereçadas a Nossa Senhora. Alguns acreditam que a deusa tenha se transformado na Virgem Santíssima.





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